Exposição fotográfica sobre o Cristo Redentor chama a atenção dos cariocas

Cristiano Freire

Uma exposição fantástica feito pela artista plástica Rosângela Rennó reúne fotos inéditas do Cristo Redentor. O nome da exposição é “A Última Foto”. Serão 25 fotografias expostas. Rosângela convidou 43 fotógrafos para colaborarem. Cada um escolheu um tipo de câmera do acervo pessoal da artista. No processo cada um deles criou sua foto. Após essa etapa, ela se juntou com cada um deles para editar e fazer a foto final. Algumas imagens foram produzidas em preto e branco e outras coloridas. Depois de muita edição e escolha da foto ideal, ela juntou o que ela considerou as 25 melhores fotografias.

Outro fato interessante dessa exposição é como Rosângela usou a criatividade para mexer com as fotos. Após a realização das fotos e a escolha da melhor imagem de cada fotógrafo, Rennó lacrou a lente das câmeras com tinta. A câmera lacrada e sua "última" imagem estarão expostas lado a lado. “A última foto” aborda o processo de desaparecimento da fotografia analógica e sua conseqüente substituição pela imagem digital, o que representa uma mudança significativa na criação fotográfica ao longo dos últimos 160 anos.

De acordo com Rennó, ela não tem nada contra a imagem digital. “Não tenho nada contra a imagem digital, o que quero pensar é sobre as diferenças e principalmente sobre o tempo dentro do processo de elaboração da imagem. O digital traz uma coisa muito mais imediata, enquanto as câmeras com filmes têm o lado romântico da revelação, do processo químico, até que a imagem apareça".

Vale a pena conferir essa exposição fotográfica. A exposição ficará até 30/09 na Caixa Cultural do Rio de Janeiro de terça a domingo das 10h às 22h. Fica na Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro. É Gratuito.

Terceira idade sem (nenhuma) censura

Gabriel Schilling

Saiu de cartaz no dia 26 o espetáculo Cabaré Sem Censura, do Grupo Mosaico, dirigido por Lucília Couto. A peça fala de duas velhinhas bem caducas que estão indo para a Igreja. No caminho, porém, uma delas decide fazer um atalho, e as duas acabam dentro de um cabaré. A partir daí, tudo pode acontecer. E acontece mesmo.
Mais um detalhe interessante: dos 35 atores, 30 estão na terceira idade. Logo, muitas das “mulheres da vida” são senhoras, o que não impede que o fôlego delas seja invejável.
Segundo a diretora, que vai entrar com a peça novamente em cartaz no Teatro Noel Rosa, que fica na Uerj e no Tijuca Tênis Clube ainda este ano, o desafio de trabalhar com um elenco de pessoas mais velhas são as personalidades já formadas e os limites físicos. Nesses termos, diz ela, as coisas estão indo muito bem. Só falta mesmo um bom patrocínio.
O sucesso da peça cresce à medida em que ela se torna conhecida. Priscila Azulay, que já assistiu mais de uma vez, conta que o público só falta pular no palco. Os assobios e gargalhadas são sempre altos e os aplausos surgem depois de cada número.
E não é só espectador que se diverte. A atriz Creuza Souza, 83 anos, conta que os ensaios são extremamente animados. “As pessoas interagem bastante, e os diálogos entre as personagens continuam até depois de ensaiar, porque nos fazem rir muito!”
O musical conta ainda com a apresentação de dançarinos profissionais. Mas não são só eles que se mexem. O samba das velhinhas vai deixar os marmanjos para trás!
Lucília Couto tem outras duas peças em que está trabalhando: Casa dos Anjos e Terra Viva.
O espetáculo Cabaret Sem Censura entra em cartaz no Teatro Noel Rosa (na Uerj) nos dias 25 e 26 de setembro, onde a entrada será franca. Depois vai para o Tijuca Tênis Clube (Rua Conde de Bonfim, 451 - Tijuca – RJ Tel:3294-9300) nos dias 28 e 29 custando R$ 10,00 o ingresso e R$ 5,00 para idosos e estudantes.

Cidade dos Homens, O Filme

Thais Thimoteo

Na próxima sexta-feira, dia 31 de agosto acontece a estréia nacional de Cidade dos Homens, O Filme. Os protagonistas Laranjinha (Darlan Cunha) e Acerola (Douglas Silva), consagrados pelo sucesso do seriado de mesmo nome da Globo, prometem emocionar mais uma vez o público. O Filme foi dirigido por Paulo Morelli e produzido por O2 Produções Artísticas.

A maioria do elenco é formada por atores do grupo de teatro Nós do Morro, da favela do Vidigal no Rio de Janeiro. A história se passa na favela carioca do Morro da Sinuca. Os amigos Laranjinha e Acerola, que cresceram juntos chegam à maioridade e enfrentam as primeiras dificuldades da vida adulta. Acerola, agora pai de um menino de dois anos, sente falta de diversão e liberdade, e tem que assumir responsabilidades precocemente. Já Laranjinha sofre com a ausência da presença paterna, e quer encontrá-lo. Porém uma guerra explode no morro e complica as coisas para os dois. Laranjinha, primo de Madrugadão (“dono do morro”) tem que sumir de casa, assim como Acerola, que atrai a ira de Nefasto,ex-braço direito de Madrugadão, num lance de má sorte. Além do mais, surge uma revelação que poderá abalar a amizade da dupla.

"Fui na pré-estréia do filme e adorei, acompanho os amigos Laranjinha e Acerola desde a primeira série na TV",afirma a estudante de publicidade Fabiana Oliveira. O filme garante um bom programa para o próximo fim de semana.

Sucesso em centro de movimento

Amanda Farias

Há muitos anos a bailarina de dança contemporânea Deborah Colker vem mostrando seu talento seguido de muito sucesso dentro e fora do Brasil com seus renomados espetáculos. Esse ano ela completa três anos de seu centro de movimento. Compartilha todo seu conhecimento sobre os diversos estilos de dança e ainda dirige e atua em sua companhia.
A comemoração desses três anos não será comemorada agora. O momento é de muita dedicação nos ensaios para o espetáculo de fim de ano que acontece desde o primeiro ano de existência do centro de movimento. Participam alunos de todas as idades e de todas os estilos de dança que a academia disponibiliza. “Quando vai chegando essa época ficamos sempre muito animados. O espetáculo é um evento lindo. Adoro dançar coma platéia me olhando e aplaudindo”. Explica a aluna de balé clássico Samya Chieza que “estuda” no centro desde o primeiro ano.
A academia de Deborah, conta com professores renomados que a ajudam na hora de montar o espetáculo. São professores formados e alguns fazem parte de sua companhia, um outro aspecto que atrai bastantes alunos para o centro. “Faço dança contemporânea desde novo e tento sempre acompanhar os espetáculos da Deborah. É um sonho estar fazendo aula aqui no centro e com um professor que dança com ela”. Conta o bailarino contemporâneo há dez anos Diego Braga.
Para mais informações o centro de movimento Deborah Colker se localiza na Rua Benjamin Constant, número 30, na Glória e disponibiliza vários estilos de dança, em diversos horários e para todas as idades.

Revitalização do Bondinho

Roberta Francalacci

O Centro do Rio de Janeiro poderá ter de volta os bondinhos que fizeram parte da história da cidade. A intenção é instalar novos trilhos que passarão pela Avenida Chile e pela Rua do Lavradio. O assunto foi discutido numa reunião entre o secretário estadual de transportes Julio Lopes, o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Luiz Fernando de Almeida, e o superintendente do órgão no Rio, Carlos Fernando Andrade.

Além dos novos trilhos, pretende-se reformar 14 bondinhos que estão desativados, trazendo mais uma opção de transporte e turismo para a cidade. Com a reforma os bondes ganharão novos motores, com capacidade quatro vezes maior, e sistemas de freios mais seguros.

O novo trajeto ligará Santa Tereza à Lapa, passando por ruas do Centro. O transporte também facilitará a locomoção de moradores de Santa Tereza, que até hoje enfrentam dificuldades no transporte, pois os ônibus não sobem as ladeiras do bairro e o bondes que estão sendo utilizados vivem lotados, pois são poucos para a quantidade de pessoas que dependem deles para locomoção. Além disso, possibilitará um agradável passeio aos turistas por um dos bairros históricos do Rio de Janeiro.

Mas o projeto ainda não esta aprovado. Segundo a assessora de imprensa da Secretária de Transportes, Flávia Astorga, a iniciativa ainda é apenas uma idéia. Para que vire realidade e sejam iniciadas as restaurações será preciso a decisão final de todas as esferas do governo e muita negociação.

“A Alma Imoral”

Ramon Mello


Para quem não conseguiu assistir “A ALMA IMORAL”, que iniciou temporada em julho de 2006 na Sala Multiuso do Espaço SESC, aqui está uma ótima oportunidade: O Cultural EMERJ fará uma apresentação gratuita, nesta terça-feira, dia 28 de agosto, do espetáculos de maior sucesso da temporada carioca, assistido por mais de 20 mil pessoas, baseado no livro homônimo de Nilton Bonder, com Clarice Niskier, vencedora do prêmio Shell de Melhor Atriz, 2006. O texto da peça é uma adaptação da própria atriz e a supervisão da montagem é de Amir Haddad.

O texto de Bonder faz um paralelo entre preservação/evolução e tradição/traição. Ele afirma que nossa tarefa, mais do que simplesmente procriar e reproduzir o estabelecido, é também transcender a nós mesmos, romper limites. E esta transcendência muitas vezes poderia se dar de uma forma “traidora”, condição vital para a continuidade da espécie. Este seria então o conceito de alma (imoral): uma força “traidora”, transgressora, que nos impulsiona para o futuro e colabora com a evolução; enquanto que o corpo (moral) está relacionado ao passado e colabora com a reprodução.

A entrada é franca e aberta ao público em geral. Mais informações pelos telefones 3133-3368/ 3133-3366 ou pelo e-mail culturalemerj@tj.rj.gov.br

A Cultura é 10!

Carolina Lima

Uma importante iniciativa no meio cultural é o prêmio Cultura Nota 10. Em sua quinta edição, o evento premiará 21 ações culturais do Estado do Rio, que tenham pelo menos um ano de existência e que sejam consideradas inovadoras. Com o patrocínio da EMBRATEL e realizado pelo Instituto Cultural Cidade Viva (ICCV) junto com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, o prêmio conta com a participação de grandes personalidades do setor cultural em seu Comitê Técnico, que é composto por cinco especialistas.
A idéia do prêmio surgiu quando a então Sub- Secretária do Estado de Cultura, Vânia Borelli, assistiu a uma premiação realizada pela Fundação Getúlio Vargas, para iniciativas de administração pública bem sucedidas do interior do Brasil. A paixão de Vânia Borelli e Fernando Portella fez com que, baseados neste outro prêmio criassem e formatassem juntos o Prêmio Cultura Nota 10, com bases semelhantes.
As inscrições começaram esta semana e vão até o dia 20 de setembro. A festa de premiação será no dia 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura, e o valor total distribuído, será a quantia de 35 mil reais.

Vale ressaltar, que poderá concorrer qualquer ação cultural com mais de um ano de existência comprovada, que se enquadre em pelo menos uma das seis áreas temáticas. São elas: arte popular, cultura e educação, cultura e meio ambiente, culinária, patrimônio histórico e turismo cultural.
Para maiores informações, acesse o site: www.culturanota10.com.br.