quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O Urso


Bernardo Botelho


Um programa imperdível para quarta-feira à noite é a leitura dramatizada do texto O Urso, de Anton Tchekhov, com a direção de Bruno Rodrigues, peça que faz parte do Projeto Leituras Rústicas, do Sopro do Ator. A leitura da peça foi exibida dia 06/09 às 19:00 hr, na sede do Sopro do Ator, na Sala Carol Rodrigues, na Rua Silva Castro 65/204 em Copacabana e teria apresentação única. No entanto, a apresentação fez tanto sucesso que o grupo recebeu o convite pra se reapresentar no Centro Cultural Dorival Caymmi, na Faculdade Estácio de Sá, Rua Raul Pompéia, 231, 10º andar, no dia 19/09 às 20:00 hr. “É realmente uma peça imperdível! Bruno Rodrigues nos fez estudar muito o cotidiano russo da época e a história de Tchekhov para que pudéssemos realizar a leitura com a menor margem de erros possível, nos familiarizando mais ainda com o texto.” – conta Jika Oliveira, que faz o papel de Helena Ivanovna Popova. A entrada será permitida mediante a doação de 1Kg de alimento não-perecível.

A peça conta a conflituosa relação entre três complexas personagens, as quais representam um fragmento importante do passado da Rússia. “Esperamos, que após essa leitura dramática, todos sintam-se inspirados pela leitura. E que se apaixonem por esse genial escritor russo! Divirtam-se!” – deseja Bruno Rodrigues, diretor da peça.

Ficha Técnica:

Elenco: André Luiz Valentim, Dílson Pontes e Jika Oliveira
Texto: Anton Tchekhov
Direção: Bruno Rodrigues
Direção de Produção: Bruno Rodrigues
Vice-Direção de Produção: Letícia Carvalho
Produção Executiva: Carol Perrone, Hugo Dart e Manu Passos
Iluminação e Cenografia: Bruno Rodrigues
Figurinos: Carol Perrone e Carol Rodrigues
Maquiagem: Hugo Dart
Adereços: Carol Perrone
Programação Visual: Carol Perrone
Assessoria de Imprensa: Letícia Carvalho
Realização: Sopro do Ator

Marco Nanini, o bem amado


Juliana Cabral

Odorico Paraguaçu está de volta. O ator Marco Nanini, que interpreta o Lineu Silva há cinco anos no seriado “A Grande Família”, da Globo, dá vida, no palco, ao prefeito corrupto da fictícia cidade litorânea de Sucupira, na Bahia. A peça “O Bem Amado”, escrita por Dias Gomes em 1961, estreou no dia 7 de setembro, no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea, Rio de Janeiro.

“O Bem Amado” foi adaptado para TV, como telenovela, em 1973, o primeiro folhetim a ser gravado em cores no Brasil. O personagem principal da trama foi imortalizado pelo ator Paulo Gracindo (falecido em 1995). No teatro, é o ator Marco Nanini, 59 anos, quem interpreta Odorico Paraguaçu, prefeito que tinha como principal objetivo em sua gestão, a inauguração do cemitério municipal de Sucupira, terra em que, curiosamente, as pessoas deixaram de morrer.

O original de Dias Gomes, foi pouco modificado. Enrique Diaz, da Cia. dos Atores, foi convidado para comandar a encenação, da qual participam também alguns membros da sua trupe. Guel Arraes ficou responsável pela produção artística e pela adaptação, ao lado de Cláudio Paiva. Na direção de arte e cenografia, Gringo Cardia, apostou no cenário giratório, alternando tanto imagens de santos como grafismos feitos em jornal por um jovem artista do Recife. A trilha original ficou a cargo do DJ Dolores e o figurino, inspirado no tropicalismo foi criado por Antônio Guedes.
Em 2008, além da temporada de “O Bem Amado” em São Paulo, a peça segue em turnê nacional

Cultura que não pesa no bolso

Mariana ares
Com toda a dificuldade econômica, a opção para muitas famílias que querem economizar ou não gastar muito dinheiro é fazer programações de pouco, ou nenhum custo. “Ficar em casa enquanto tem tanta coisa para se fazer nessa cidade, nem pensar! É o que pensa a bibliotecária Madalena Soares, viúva com dois filhos pequenos . Para ela, a primeira opção para a programação dos fins de semana, é a praia, mas nos dias nublados ela prefere fazer programações culturais.

“Meus filhos adoram ir ao teatro, mas como não estou podendo gastar, eu checo as opções de peças teatrais gratuitas ou baratas no jornal, eles sempre adoram”.No CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) é possível gastar apenas dez reais numa peça teatral e as exposições são de graça. No SESC, há peças de teatro por apenas quatro reais e exposições artísticas gratuitas.

O Consulado Geral da França, por exemplo, promove eventos de musica clássica de entrada custo zero. Marilena é funcionária pública e está economizando dinheiro para comprar uma casa. Ela admite que adoraria levar o filho para o cinema, mas com toda a economia que faz, teve que encontrar outra opção “ Miguel adora livros e filme. Como não estou podendo gastar, deixo ele ver os filmes na televisão e nos sábados de manhã vamos `a Biblioteca Pública e ele se delicia com tantas variedades de livros.” Afirma Marilena que também leva o filho para exposições e museus.

Última semana para conferir o Brasil por lentes gringas

Joana Pereira

Quem se interessa por fotografia e ainda não sabe o que fazer no fim de semana, tem a última chance de ver a exposição Brasil: desFocos [o olho de fora], que está no CCBB até domingo, dia 16 de setembro. A exposição se resume no olhar de 29 artistas estrangeiros (a maioria europeus e americanos) por um ângulo particular, seja ele cultural, social, paisagístico, urbanístico.

A intenção dos artistas é mostrar um Brasil além do que é visto. De pontos de vista peculiares, a exposição mostra o país sem criar estereótipos.

Segundo a curadora da mostra, Lara Leonzini, o artista não tira as fotografias, ele as faz, mergulhando num laboratório de idéias e estímulos visuais, que, no caso, é o Brasil.

Entre os artistas, estão Damián Ortega, falando com imagens sobre o processo da urbanização brasileira; a visita ao Corcovado de Laurie Anderson na década de 80 e Pelé pelas Polaroids de Andy Warhol.

A exposição Brasil desFocos [o olho de fora] só fica aberta ao público até o dia 16 de setembro, das 10 às 21h no CCBB Rio, na Rua 1º de Março, 66 – Centro.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Primeiro festival internacional de filmes da periferia




Priscilla Nascimento



Quantas vezes não vimos a periferia sendo retratada em cinemas? Mas agora chegou a vez da periferia mostrar o seu ponto de vista, mostrar para o mundo o que é viver na favela. Eles deixaram de ser personagens e viraram os diretores.


Começou na terça-feira passada (4) a primeira edição da mostra internacional de cinema dedicada às obras audiovisuais das periferias do mundo. O CineCufa, produzido pela central única de favelas, acontece no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro, até o dia 16 e é de graça.


Estão sendo exibidos filmes da Inglaterra, Angola, França, Estados Unidos, Índia e é claro, Brasil. O objetivo do festival é mostrar que o movimento estético, social e político das periferias de todo o mundo já não é protagonista apenas na frente das câmeras. E tem também a intenção de aumentar o contato com a diversidade e a peculiariedade dos filmes produzidos pelas periferias mundiais.


Além de filmes, o festival também tem debates, que discutem desde as novas formas de alavancar as produções da periferia, passando pelo tema do mercado de distribuição e indo até a abordagem sobre a formação de plateia.


Para saber mais sobre o festival e saber também da programação acesse




segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Liras dramáticas


Fernando Tanus


No dia 8 de agosto, o ator, escritor e poeta João Pedro Roriz lançou seu segundo livro de poesias, chamado “Liras dramáticas”, no Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho, popularmente conhecido como Castelinho do Flamengo. São 45 poemas, que sendo em versos livres ou metrificados, têm a proposta de retratar o flash do momento.


Roriz, que é formado em jornalismo, já atuou em teatro e televisão, e entre seus trabalhos anteriores estão os livros “A poesia teatral” e as peças “Perdas e danos” e “Carmen – o musical”. Transitando entre verso, prosa, tevê e teatro, este eclético artista se mostra competente em todas as atividades que exerce. “O fato de eu ser escritor me ajuda na hora de atuar, pois posso entender melhor o personagem. Além disso, costumo observar, pesquisar e ver filmes” diz João.


Em relação a suas influências, ele se mostra influenciado tanto pela literatura quanto pela poesia “Gosto muito de Geraldo Carneiro, Mário Quintana, Cecília Meireles, e também de Antonio Skarmeta, que foi quem escreveu “O carteiro e o poeta”. Com tantos trabalhos e influências tão diversas, a vontade que dá é de correr para uma livraria e conferir o que este artista tem a nos dizer.

Leitura à primeira vista

Anne Caroline Germano

A XIII Bienal Internacional do Livro acontece no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 23 de setembro. O evento, realizado nos anos ímpares, é considerado o acontecimento editorial mais importante do país e atinge um crescimento anual de 30%.

A primeira Bienal aconteceu em 1983 nos salões do hotel Copacabana Palace. Dois anos depois, foi transferido para o shopping Fashion Mall em São Conrado e, em 1987, foi realizada no Riocentro onde permanece até hoje.

Em 2005, foram vendidos por volta de 2,3 milhões de livros. Passaram por lá 630 mil visitantes e 170 mil estudantes. A professora Leila Maria, que esteve com seus alunos em 2005, conta que a capacidade do evento de trazer o prazer da leitura para as crianças é o que a Bienal tem de melhor. “Para quem já tem o costume de ler, esta feira do livro é um bom lugar para conhecer e comprar livros. O legal é ver o brilho nos olhos dos pequenos com os livros infantis. Incentivar essa cultura é o grande mérito da Bienal”. Leila e seus alunos, da escola municipal Hemetério dos Santos, em Jacarepaguá, são presença confirmada no evento deste ano.

Lá você encontra os livros mais variados e lançamentos de diversas editoras. E o que não deixa a desejar também é a Programação Cultural formulada para o evento. Dentre elas estão o Café Literário, onde acontecem bate-papos informais sobre os mais variados temas e Arena Jovem, onde são apresentados e debatidos assuntos relacionados à realidade dos jovens.

O ingresso custa 10 reais e estudantes pagam meia entrada. O Riocentro fica na Avenida Salvador Allende, nº 6.555 na Barra da Tijuca.

Após a ficção, a realidade


Graziela Liana

Depois de virar componente obrigatório nos camelôs e na internet, o filme “Tropa de Elite, tem estréia marcada para o dia 12 de outubro e vai abrir o Festival de Cinema do Rio em sessão de gala.

Roubo, máfia, ação e realidade são os ingredientes principais desse longa, que tem no elenco Wagner Moura, Caio Junqueira e André Ramiro. Escrito pelo mesmo roteirista de “Cidade de Deus”, Bráulio Montavani, o filme é inspirado no livro “Elite da Tropa”, que mostra o início e bastidores da atuação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) em favelas cariocas.

O filme acabou virando sucesso de vendas no mercado informal. Realidade e ficção se misturaram nesse enredo de “Tropa de Elite”. Depois de ter sua equipe seqüestrada e as armas cenográficas roubadas, o diretor José Padilha teve que enfrentar o roubo e a pirataria do filme. Sobre esse assunto o cineasta revela: “ Soubemos do roubo, que, na verdade, é uma cópia da fita, duas semanas antes de chegar ao comércio, há dois meses. Mas o que está à venda não é o filme, é o segundo corte. Hoje estamos no décimo sexto corte antes de levá-lo aos cinemas”.

O caso foi registrado na Delegacia de Roubos e Furtos do Rio e já teve os principais envolvidos indiciados. Padilha comemora: “O trabalho da equipe policial foi exemplar. Em menos de uma semana eles conseguiram identificar as pessoas que deram início a onda de pirataria do filme”.A Paramount, distribuidora responsável pelo lançamento do filme no Brasil, prepara uma campanha para “Tropa de Elite”, que une a divulgação à luta contra pirataria.

Bienal do Livro começa quinta-feira


Juliana Melo

A XIII Bienal Internacional do Livro do Rio de de Janeiro acontecerá entre 13 e 23 de setembro no Riocentro, reunindo 950 expositores e o número recorde 315 autores, sendo 23 estrangeiros, entre eles Markus Zusak, autor do best-seller "A menina que roubava livros" e o afegão Sh
ah Muhammad Rais, o "livreiro de Cabul". Também está confirmado a presença do espanhol J. J. Benítezautor de mais de 50 livros, entre eles os da popular série Operação Cavalo de Tróia.

A Bienal do Livro é o maior evento do mercado editorial brasileiro, que reúne editores, livreiros, distribuidores de livros, agentes literários, jornais e revistas, entidades e órgãos ligados ao livro.
A Bienal prestará uma homenagem ao humorista Bussunda. A lembrança ao ex-integrante do Casseta & Planeta será no primeiro dia do evento. A homenagem será realizada em uma sessão do Café Literário, espaço da Bienal onde o público pode se aproximar de diferentes autores em conversas e debates.

Os ingressos já estão à venda nos postos de venda e através do site www.ingresso.com.