quinta-feira, 6 de setembro de 2007

“As Centenárias” estréia em setembro no Teatro Poeira


Mariana Tavares
O premiado autor Newton Moreno escreveu a comédia ‘As Centenárias’, inspirado na amizade de longa data de Andréa Beltrão e Marieta Severo. Essa peça marca a volta das duas atrizes ao gênero da comédia.
Autor de ‘Agreste’, que venceu em 2004 os prêmios Shell e APCA, Newton Moreno aceitou na hora o convite das atrizes para escrever um texto especialmente para elas. A história das amigas carpideiras que tentam driblar a morte é baseada no humor a pedido delas.
Segundo Andréa Beltrão, elas queriam algo novo. “Estávamos vindo de um drama denso (‘Sonata de Outono’, que marcou a inauguração do Teatro Poeira, em 2005). Queríamos ir por outro caminho”. Para Marieta Severo, o autor “soube recriar de uma forma deliciosa este manancial da cultura popular em que um tema pesado como a morte é tratado com um misto de irreverência e respeito”.
A história se passa no Nordeste, onde duas amigas carpideiras passam a vida percorrendo velórios, chorando os mortos, ouvindo e contando histórias. A trama se desenvolve cercada por personagens e ‘causos’. Para Marieta, as personagens “enfrentam uma vida hostil, cheia de revezes, mas ainda assim seguem em frente com humor, imaginação e crença no fantástico”.
Uma novidade na montagem da peça foi a inserção de bonecos no palco. O diretor Aderbal Freire-Filho disse que os bonecos servem para manter sempre as duas carpideiras em cena, “enquanto as atrizes se revezam em papéis secundários”. A manipulação de bonecos não é a única novidade na carreira das duas atrizes. Pela primeira vez elas cantam ‘incelenças’, os cantos fúnebres entoados pelas carpideiras. A peça estréia dia 6 de setembro, no Teatro Poeira. Vale a pena conferir.



‘As centenárias’
Com Marieta Severo, Andréa Beltrão e Sávio Moll
Direção: Aderbal Freire-Filho
Estréia: 06 de setembro às 21 horas
Horários: quintas, sextas e sábados às 21 horas e domingos às 20 horas
Ingressos: Quinta, sexta e domingo – R$ 60,00 / Sábado - R$ 70,00
Capacidade: 160 lugares
Classificação etária: 14 anos
Duração: 1h30
Local: Teatro Poeira
Endereço: Rua São João Batista, 104 – Botafogo
Tel: 21 2537-8053
Início das vendas: 28 de agosto
Funcionamento da bilheteria: terça à sabado - 15h às 21h / domingo - 15h às 20h
Vendas pela internet:
www.ingresso.com.br
Manobristas no local: R$ 8,00

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Pai de vítima do acidente da Lagoa lança livro

Paula Ranieri

Palavras de dor e saudade. Isto é relatado no livro “Relato de um amor” (Ed. Nova Fronteira), do arquiteto Gabriel Padilla, pai de Ana Clara Rocha Padilla. Ana Clara e mais quatro amigos morreram no trágico acidente na Avenida Borges de Medeiros. Um ano após o acidente. Gabriel presta hoje uma homenagem à filha, com o lançamento de seu livro hoje, às 20 horas, na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon (- Afrânio de Melo Franco, 290 - loja 205 loja A).

Em entrevista ao radialista Roberto Canázio (Rádio Globo AM), o arquiteto contou como começou a escrever o livro: “dois dias após o acidente, sai publicada no jornal O Globo uma carta que eu descrevo os meus sentimentos de perda. A partir daí, uma semana depois eu fui escrevendo até o momento que eu vi que tinha volume para poder lançar um livro”.


O livro é um desabafo e um refúgio que Padilla encontrou para extravasar a sua tristeza. Mas também é uma lembrança de um pai sobre a vida da sua filha. “Quando eu comecei a escrever o livro, tinha muita amargura pela perda, focava a tragédia. Ao longo do tempo fui depurando e vendo aqui que o mais importante era enaltecer a vida da minha filha”, conta Gabriel, que fala também em seu livro, de situações familiares vividas com Ana Clara, conceitos de paternidade e como conseguiu superar a tragédia.

No dia 3 de setembro de 2006, cinco jovens morreram na Avenida Borges de Medeiros, em frente ao Clube de regatas do Vasco, na Lagoa. Manoela de Billy Rocha, 16 anos; Ana Clara Rocha Padilla, 17; Felipe Travassos de Azevedo Vilela, 22, Ivan Rocha Guida, 19 e Joana Kuo Chamis, 17, haviam saído da boate Sky Louge em alta velocidade, chocando-se com uma árvore.

Banda nova, som antigo!

Paulo Sampaio

Muitos amigos curtiram os anos oitenta e noventa ao som do bom e velho rock’n roll, de clássicos como o saudoso grupo Legião Urbana, comandado pelo poeta da voz Renato Russo, que partiu para o andar de cima marcando o fim da banda. Milhares de pessoas botavam pra quebrar nas pistas de dança. Um tempo que não pode ficar no passado, acreditam os sonhadores que hoje começam carreira inspirados nos sucessos do rock nacional. De bar em bar eles cantam novamente a alegria de décadas passadas, fazendo muita gente de meia idade – e também novatos – sacudirem o esqueleto.
O Mais do Mesmo é um bom exemplo disso: mais do mesmo bom e velho estilo despojado de dançar, protestar e curtir a vida. “Tocar Legião é importante pela grandeza que a banda representou no cenário musical brasileiro e pela importância histórica que teve no momento em que o Brasil estava passando” explica Éric Torres, guitarrista da banda, criada há mais de dez anos e que hoje já é composta pela segunda geração de amigos.
E não é só para os mais velhos que o som traz animação. Os jovens que gostam de baladas rock sabem muito bem que a boa música nem sempre é o “hit” do momento nas rádios. “Eu gosto das músicas do Legião por causa dos conselhos de vida que a banda passa” conta Clara Cohen, animada, no show deste sábado. E os conselhos devem ser mesmo interessantes, já que as apresentações da banda – no restaurante Varandas Gourmet, na Lapa, Centro do Rio – estão sempre lotados. Uma Legião de fãs de muitas idades, mas com um único interesse: não deixar o passado se apagar como tempo perdido. E p
ara os interessados, a banda faz nova apresentação no Varandas no dia 15 de setembro.

O funk chega ao asfalto!


Jane Carvalho


O Funk faz parte de um movimento social da periferia. Começou na favela com o intuito de divertir, criando um som característico para os excluídos, onde todo o tipo de expressão e misturas das batidas é permitido. Com o tempo ele evoluiu e serviu até como protesto. Mais a falta de um vocabulário convencional o distanciava das outras classes. Porém a proporção e o poder do funk tive um impacto tão grande, que ele invadiu até o asfalto. Não se sabe se por rebeldia ou se realmente caiu nas graças das pessoas até então preconceituosas.

O namoro entre as patricinhas da zona sul e o funk, começou com rebeldia e o fascínio pelos traficantes, já que nos bailes de comunidade se vê de tudo, desde criança vendendo drogas, homens armados de fuzil, usando enormes adereços de ouro e outras coisas como o "poder" atraiam um público(patricinhas) que antes não se misturavam.


Acredita-se que depois dessa onda das meninas (patricinhas), no ínicio dos anos 90, o funk conseguiu ultrapassar as barreiras e chegar ao asfalto.
O funk hoje não só encanta as patricinhas e os playboys, mas tem chamado atenção também de profissionais europeus que circulam pelo Rio de Janeiro atrás de informações para a compilação da “Nova música eletrônica carioca”. E a partir de então o funk passou a fazer parte das musicas tocadas nas boates da Zona Sul do Rio. As boates lotam com atrações como os cantores funkeiros Mr. Catra, Mc Marcinho, Tati Quebra-Barraco e Cia.

O DJ G3 do baile da favela Cidade Alta em Cordovil no Rio de Janeiro afirma que ninguém resiste ao som do funk. “Quando faço festa de casamento de gente bacana, não tem jeito, percebo que a festa esta desanimada, basta tocar uns batidões(funk) que todo mundo se agita, e toda hora vem um e pede para tocar funk”, diverte-se ao falar o DJ G3.
Com certeza o funk invadiu o asfalto, até para aqueles que torcem o nariz sabem que o funk tornou-se um movimento social, independente do seu valor musical, o funk faz parte desta geração, do pobre ao rico.

Tropa de Elite estréia em outubro


Juliana Melo
"Tropa de Elite", filme inédito do cineasta José Padilha, esparrama-se por um terreno pantanoso no qual nem sempre polícia é polícia; bandido é bandido; e ficção é ficção. Enfoca o grupo especializado no combate ao tráfico nos morros cariocas por meio da trajetória de três oficiais, interpretados pelos atores Wagner Moura, Caio Junqueira e André Ramiro.
A estréia nos cinemas está prevista para outubro, mas foi alvo de pirataria e está sendo vendido em cópias ilegais por camelôs no Rio de Janeiro.
A questão da segurança pública no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, que atravessa agora nova crise, com série de ataques de facções criminosas, é o tema de Padilha desde seu filme anterior, o documentário "Ônibus 174".
Com "Ônibus 174", ele foi reconhecido dentro e fora do Brasil, pela qualidade da reconstituição da saga pessoal do delinqüente Sandro do Nascimento, ao mesmo tempo em que revê a atuação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) no episódio do seqüestro do lotação por Nascimento, que terminou com a morte de Nascimento e de uma passageira.
"Tropa de Elite" é candidato a abrir o Festival do Rio, no próximo dia 20 de setembro, e será submetido também às seleções dos festivais Sundance (janeiro de 2008) e de Berlim (fevereiro de 2008).

Diversão e conteúdo para criançada no Festival Internacional de Cinema Infantil

Raphael Freitas

Em parceira com o complexo de cinemas Cinemark, o Festival Internacional de Cinema Infantil inicia sua quinta edição, no Rio de Janeiro e Niterói. Até o dia nove de setembro, o público terá acesso a mais de 40 filmes com temática jovem e infantil. Os ingressos serão de R$4 para todos. O evento ainda vai passar por outras cidades, como: Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.

A programação promove uma intensa mostra de imagens para as crianças, com a escolha de 29 produções abertas ao público durante os fins de semana. Ainda haverá o projeto A Tela na Sala de Aula, com 16 filmes, que visa usar o cinema como partida para atividades escolares, de segunda à quinta-feira. Já passaram pelo projeto mais de 200 mil crianças.

Além de títulos internacionais e nacionais, também serão realizadas oficinas de aprendizagem em animação de cinema, dublagem ao vivo e produção jornalística especializada em crítica cinematográfica. O grupo Os Doutores da Alegria recebem uma homenagem especial pelo trabalho prestado à comunidade infantil.

"É importante para as crianças terem acesso à programação direcionada ao seu público. E o festival, além da diversão, traz conteúdo cultural para a criançada. Assim convidamos a cineasta dinamarquesa Charlotte Giese, diretora do Centre for Children & Youth Film, para falar sobre a importância do cinema infantil, e contar um pouco sobre como a Dinamarca se tornou um importante pólo produtor de filmes para crianças, na aula magna do evento, que será realizada no Rio e São Paulo” diz Mhuriel Fernandes, assessora de imprensa do evento.