sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Banda Nova, Som Novo

Paulo Sampaio

O baixista Pedro Paulo é fã dos Beatles, o guitarrista João adora o som do Pink Floyd e o vocalista Diogo prefere Legião Urbana. Consenso aqui só tem um: o bom e velho rock. Nessa profusão de gostos e acordes, o Aérobus busca inspiração para compor novas letras. E é aí que entra o desafio de toda nova banda: alcançar o sucesso com canções inéditas no disputado mundo da música. Diogo e João compõem de forma curiosa. “Muitas das músicas foram feitas pelo bate-papo no MSN, sem pensar, em cinco minutos” comenta João. Será que público aprova essa técnica? “Isso varia de cidade para cidade. Em Minas eles são mais críticos, já no Rio o pessoal entra no embalo da música facilmente” explica João.

O grupo iniciou a carreira quase sem querer. “Tornou-se verdade quando a gente começou a compor coisas próprias e vimos que havia ali, naquelas letras, coisas importantes, havia talento naquilo. Daí decidimos levar a ‘sério’, e estamos aí até hoje, com 20 anos de idade e 7 de banda” conta João, que explica ainda o significado do nome Aérobus: “Ele surgiu dentro de um ônibus, ironicamente, e quem deu foi o Pedro. Vem do espiritismo, onde aeróbus é um ônibus que leva os espíritos de um lugar até o outro”. O nome do grupo leva o acento duas letras antes, e eles explicam que a única razão na escolha do nome é sonoridade. Boa e simples para uma banda.

Conviver em uma banda não é tarefa fácil. “Acham que casamento é difícil? Imagina estar ‘casado’ há com três pessoas há 7 anos... cada um com cabeça e personalidade diferente. É uma aula de profissionalismo e paciência” explica João. Mas todos os problemas ficam pequenos, quase somem, quando eles estão no palco. “É lá que a sensação que temos nos faz acreditar que esta é a melhor profissão do mundo” comenta João, que nunca desistiu do sonho de ver a banda se tornar famosa: “Nunca deixem de acreditar, nunca. Tudo vale a pena. E qual outra profissão é melhor que ser roqueiro?”.

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