domingo, 7 de outubro de 2007

Riocenacontemporânea


Gilson Gomes

O maior Festival de Teatro do Rio de Janeiro, que está em sua oitava edição, reúne os mais variados estilos teatrais nacionais e internacionais. O festival teve sua pré-estréia com a encenação da peça "Os Sertões", de Euclides da Cunha, que ganhou uma adaptação bastante especial de Zé Celso Martinez Corrêa, que volta ao festival depois de onze anos. Além do diretor paulista, está de volta Gilberto Gawronski, com a estréia de "Por uma vida um pouco menos ordinária.

Os contemporâneos, como são chamados os diretores do festival, o ator César Augusto, a diretora de arte Bia Junqueira, o diretor Fábio Ferreira, a administradora Isabel Lito e a produtora cultural Márcia Dias, batalham o ano inteiro para selecionar grandes espetáculos para a mostra anual, e conseguiram para esta edição um orçamento R$ 3,5 milhões.

Estarão sendo apresentadas 14 peças nacionais. Entre elas, uma só entrou na programação, graças ao esforço todo especial de Bia Juqueira, o espetáculo BR-3, do Teatro de Vertigem, foi encenado ano passado no Rio Tietê. Para vir ao Rio foi necessário uma verba especial da Petrobrás de R$ 500 mil, que terá a sua temporada prolongada depois do riocena. No Rio um barco foi construído pelo departamento de engenharia naval da UFRJ, que vai percorrer as águas da Baía de Guanabara, que servirá de cenário somando-se a dezenas de espaços que abrigarão o festival.

Para a Mostra Cena Portuguesa, foi escolhido o CCBB, que participa pela primeira vez do circuito, com quatro espetáculos, entre 11 atrações internacionais. Além dos portugueses, estão no riocena Tim Crouch (Inglaterra), Romeu Castellucci (Itália), Alejandro Tantanian (Argentina) e Josef Nadja (frança). A programação se completa com a tradicional Mostra Nacional de Teatro Universitário, com um total de 80 grupos inscritos, de várias cidades do país, registrando um recorde de inscrições no riocena.

"Fazer pare do riocena é algo muito importante, para nós universitários, pois temos a oportunidade de conhecer profissionais de outros países, além claro, de estarmos exercitando na prática a nossa profissão. É uma experiência que vamos levar para o resto da vida", vibra o estudante de teatro Wagner Brandi.

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